Novas medidas governamentais

Cozinhado domingo, novembro 27, 2005 por o rapaz que tinha um BLOGue | E-mail this post

O governo reuniu hoje à noite em última instância (horas extras a esta hora são tacho), dada a crise que se cheira a centenas de kilómetros. O problema do cheiro parece apavorar muito tuga que, desesperado, tem vindo cada vez mais a recorrer à vendedeira da castanhinha, típica da época fria, para amortizar o cheiro da crise monetária, se é que me faço entender. Os mais abastecidos ja começam também a sentir os primeiros sinais de crise (o habitual pingo antes da constipação), acorrendo estes não à vendedeira da castanhinha mas às perfumarias. Uma inovadora forma de combater a crise: gastando dinheiro (cada vez mais seguida por inúmeras pessoas que se julgam conhecidas). Até porque está a chegar o Natal e o Natal é dar e receber. Dar pouco e receber muito. (Mas note, o fulcro da notícia não era este. Esta foi só uma pequena introdução para, mesmo não parecendo muito uma notícia, dar um ar mais composto ao texto e obviamente queimar algum tempo, dando mesmo a ideia de que isto é mesmo importante e vale a pena ler. Para não falar da ideia de inteligência que transparece na minha escrita).

Depois de várias reuniões admitiu-se que "O problema da Portugal está nos idosos que falam falam falam e ninguém os vê a fazer nada!" e que "...depois ficamos chateados, concerteza que ficamos chateados!". Num exclusivo com José Sócrates, apuramos que "A inércia está a dissipar-se" - disse após ter relembrado umas coisas que aprendeu com a filha numa aula de fisico-química (apesar de também envolver um pouco de culinária, de arte de vestir bonecas e de desenhos com crayons). O investimento em investigação científica para o rejuvenescimento da população tem sido enorme (calcula-se em cerca de 0.00001% do PIV) por parte do governo, que já começou a planear outras medidas para impedir o mesmo pois tem-se assumido como insustentável, dada a alta dispendiosidade do processo. Sócrates reforçou: "Ai! Estas coisas das investigações são todas muito bonitas mas não podemos continuar com o procedimento que segue, portanto, a génese da fitoprofilia que se dá no núcleo da integração dos inertos relativamentes às persianas em Alijó que se torna incomensurável aos olhos de quem vê. Logo, caso encerrado. Vamos mas é chacinar os velhotes que isto está bom é pra nós."
Para isto foi apresentado na TBI um plano altamente confidencial a todos os tuguitas:

1º Instalar em todos os lares da 3ª idade canais que passam exclusivamente programas capazes de paralisar este tipo de gentes em frente a uma caixinha mágica e que tem, em muitos, o efeito secundário de causar babamentos espásmicos.

2º Fechar as lojinhas junto das casinhas dos velhinhos para estes serem obrigados a cansarem-se mais e a gastarem mais dinheirinho nos shops.

3º Treinar uma equipa de homens jovens e fortes com as mais eficazes técnicas de combate a idosos, capazes de os eliminar rapidamente. Uma dessas técnicas é o chamado correr atrás da saquinha. Esta consiste em roubar a saquinha que o idoso normalmente transporta e obrigá-lo a correr atrás de si cerca de 20m até este não aguentar mais e ter um ataque cardíaco ou desiquilibrar-se e cair.

4º Porque o governo pensa em tudo, será treinada uma equipa altamente eficaz de colectores de corpos, já que rapidamente se verificará uma enchente de velhinhos por tudo quanto é rua e passeio no país.

5º Criar estruturas e infra-estruturas capazes de suportar uma imensidão de gente (tipo Euro 2004) muito à pressa e espalhar bilheteiras pelas cidades para rentabilizar ainda mais o processo, que poderá ser visualizado pelo mais simples do cidadão pela módica quantia de 127.127eur (a duração de cada show ainda não foi definida. Para mais informações visitar o site oficial www.achacinadosvelhinhosaovivo.min.edu.pt)

E isto é só uma amostra pois o tempo de antena é escasso e ainda temos de apresentar a reportagem sobre as couves do Sr. Acácio.

O nosso tão estimado primeiro conseguiu ainda arrajar um pequeno espaço na sua desocupada agenda à hora do pequeno-almoço para acrescentar: "até acho que homens embatados ficam giros. Não tão giros como os tropas, claro. Mas giros. Seja como for este tipo de solução não é sustentável. Aprendi hoje esta palavra, foi a minha filha que me ensinou..."